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Mostrando postagens de 2010

O Nosso Jesus

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Nesta época do ano, sempre vemos uma invasão de artigos em jornais, revistas e outros meios de comunicação, questionando sobre a existência e o verdadeiro caráter da pessoa de Cristo. Algo que já está se encaminhando para o lugar comum são as “descobertas” de outros evangelhos, trazendo detalhes e histórias que contrariam a versão dada pelos evangelhos canônicos. Tais evangelhos estão longe de serem novidade, mas estão em moda novamente, pelo insistente “efeito Da Vinci”, livro de Dan Brown. Motivados por esta obra de ficção, muitos querem igualar em importância os relatos desses novos evangelhos com os dos evangelhos de Mateus, Marcos, Lucas e João. A jogada é construir uma visão mais humanizada de Jesus, utilizando as narrações cheias de intrigas e declarações nada similares as vistas nos 4 evangelhos. Enquanto estes apresentam a dupla natureza de Cristo e histórias que mostram a especialidade de sua pessoa, estes evangelhos estranhos falam de um Jesus envolto em intrigas, armações

Cegos de nascença

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Você já se deparou com alguém que pensava ser um visionário? Alguém que se via com uma visão das coisas melhor que a dos outros. Que pensava entender o mundo a sua volta melhor e que, por isso, deveria liderar e até comandar as coisas. Nos tempos do Novo Testamento essa figura existia e foi o grande alvo das críticas e dos exemplos de “como não fazer” de nosso Senhor. Os fariseus, cheios de justiça própria, não conseguiam entender as simples parábolas de Jesus, tão pouco enxergavam o Messias ali, bem diante de seus olhos, mesmo com todo aquele pretenso conhecimento da Lei. É óbvio que, por mais que tivessem conhecimento da letra fria da Lei, eles não tinham relacionamento com a Lei. De fato, quando um hebreu fala em conhecer, via de regra, ele se refere a um conhecimento profundo, tão profundo que a noção de relacionamento está presente. Não é uma simples atividade cognitiva, mas é uma relação tão profunda que gera aquele tipo de conhecer de quando uma mãe diz a seu filho: “menino, não

A falsidade não é linda?

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A falsidade não é a coisa mais linda do mundo? Brinco assim com minhas ovelhas, me referindo ao fato de que costumamos esconder sentimentos e atitudes ruins com sorrisos e palavras doces. Ao invés de dizermos palavras duras e tomarmos atitudes drásticas, ainda que verdadeiras, podemos seguir pelo caminho da falsidade e agirmos como se desejássemos tudo de bom para alguém de quem não gostamos. É claro que estou sendo irônico, mas a falsidade é um fato cada vez menos reprovado em nossa sociedade. Nestes últimos dias, assisti embasbacado todo teatro quanto à paternidade de Ronaldo – o fenômeno... dos escândalos, da fertilidade... – de um menino nascido no Japão, de uma mãe brasileira. A mídia mostrou um Ronaldo amoroso, que aceitou facilmente seu filho. Indo além, até sua atual esposa deu as boas vindas ao menino. Tudo parece ser muito bonito e digno, mas, o único digno desta história é o tal de John, o namorado da mãe do menino, que o reconheceu, mesmo sabendo que não era seu filho.

Por que sofrer é importante? - Parte 2

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4. Uni-nos aos que sofrem conosco: Quando vemos catástrofes pelo mundo a fora, é comum que, mesmo em outros países, haja uma movimentação para ajudar os afetados pela tragédia. Pessoas que jamais se moveram para ajudar a outros, se comovem e, de alguma forma, enviam sua ajuda aos que sofrem. O sofrimento, assim, é importante para unir as pessoas. Essa união é preponderante para que se supere o sofrer. A empatia e a simpatia humana se afloram pela capacidade que a maioria tem de se colocar no lugar do outro. Imaginar-se na dificuldade nos leva a abraçar os que sofrem – ou, pelo menos, deveria. Ai, é interessante notar que, como cristãos, podemos perceber a aproximação de dois grupos de pessoas: as que passam, ou passaram pela mesma dificuldade; e a própria igreja que assume o papel de chorar com os que choram. 4.1. Os que passam pela mesma situação: É mais fácil para os que viveram ou vivem a situação, compadecer-se com o sofrimento alheio. Em tempos difíceis, percebemos que o sofriment

Por que sofrer é importante?

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Todos que sofrem, imagino eu, se fazem a pergunta: por que? A dúvida é tão profunda e a dor, por vezes, tão visceral, que pensamos não merecer o que passamos. Mais do que isso, muitos blasfemam e duvidam da ação de Deus em suas vidas. O humorista Chico Anisio, após a morte do filho da atriz Cecília Guimarães, disse não crer mais em Deus, pois, como pode ele permitir que algo tão terrível aconteça com um menino tão bom. O fato é que o ser humano não costuma lidar bem com o sofrimento. Sempre achamos que não somos merecedores das dores. Interessantemente, nessas horas encaramos Deus como um “evitador de sofrimentos”; ele é alguém que existe para me proteger das situações de dor e garantir que as lágrimas não me cheguem aos olhos. Para qualquer um com o mínimo de conhecimento sério da Bíblia, tudo isso é um absurdo, embasado numa teologia humanista, bem antropocêntrica. De fato, uma epistemologia capenga, ou antropocêntrica, nos conduz a essa visão, na qual o Criador se volta para a cria

"Nu saí do ventre de minha mãe e nu voltarei; o SENHOR o deu e o SENHOR o tomou; bendito seja o nome do SENHOR!" Jó 1.21

Certamente este é o texto mais difícil de minha vida que escrevo. Ler as palavras do livro de Jó e vivenciá-las em nossa própria vida, nos dá uma dimensão nova do sofrimento e da fé. Depois de alguns meses de alegria e sonho, minha esposa e eu tivemos de ouvir que nosso bebê provavelmente não sobreviverá. Devido ao peso da placenta, seu útero não suportou e a bolsa desceu, passando pelo cólon do útero. Inevitavelmente, a bolsa estourou e os médicos nos avisaram que não há meio de nosso bebê sobreviver. O mais duro é saber que ele está bem, sem deformações, com o coração batendo forte. Por lei, os médicos tem de esperar pela parada do coração. Esta espera é brutal para nosso coração. Não tenho mais lágrimas e tenho de ser forte para dar apoio à minha esposa. Já estávamos apegados por demais a esta herança de Deus e saber que a vida está, aos pouco, esvaindo-se de seu corpo, na expectativa da hora de tirá-lo de lá é certamente a dor mais forte que já senti. Por outro lado, há a poss

Solo Christus

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Ontem comemoramos os 493 anos da Reforma Protestante, bom, pelo menos, em minha igreja o fizemos. Devido às correrias, não pude postar nada, como era meu desejo, mas, como diz o “velho deitado”: - “antes à tarde do que nunca”. Por duas vezes, uma ontem e outra há duas semanas na Igreja Presbiteriana de Osasco, preguei com ênfase no slogan: Solo Christus. Essas duas palavras latinas servem para resumir a doutrina de que somente Jesus Cristo é nosso mediador diante de Deus. Qualquer um que conhece a história sabe a importância desta verdade bíblica. No tempo da Reforma Protestante, a Igreja Católica vendia indulgências, afirmando ter o controle da salvação, as chaves do céu. Apoiado na infabilidade papal e no desejo de construir a basílica de São Pedro, Leão X tinha em Tetzel um de seus grandes coletores de fundos. Com frases como “ao soar da moeda no fundo do gazofilácio uma alma sai do purgatório”, ou coisa do gênero, Tetzel arrecadava de quem podia e de quem não podia pagar. As pessoa

Uma dura realidade, um futuro desanimador

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Ontem, fui assistir o Tropa de Elite 2. O filme é “fantástico de bom”, porém, desanimador. História bem amarrada, cheia de ação e com uma filmagem excelente, o filme desanima por mostrar de modo vívido a realidade da corrupção brasileira e suas consequências nas mais diversas áreas da sociedade. Não há novidades, mas a representação da sociedade carioca, com claras referências à pessoas reais, como ao ex-governador Antony Garotinho e o apresentador Wagner Montes, dentre outros, transportam o expectador à sua própria realidade, mas sem o risco de ser afetado por ela. Bons atores e o velho drama do Nascimento, que ainda se vê afetado por sua escolha em ser um policial que luta, realmente, contra o crime, nos deixam de olhos grudados na telona, torcendo para que os f#@$%¨* dos corruptos se deem mal. Contudo, o que mais me chamou a atenção no filme não foram as tomadas “iradas”, os diálogos carregados de realidade e as cenas cheias de ação e tiros – muitos tiros. Não, não, o mais impre

http://cbn.globoradio.globo.com/Player/player.htm?audio=2010/colunas/lucia_100915&OAS_sitepage=cbn/comentarios/luciahippolito

vejam esse link acima. copiem e colem em seus navegadores. Acho muito interessante. Não tenho me manifestado muito quanto à política, até porque tem gente muito melhor do que eu comentando e dizendo o que penso. Mas, para deixar claro, votei na Marina e sou coerente, não vou votar em nenhum dos dois: NULO NA CABEÇA!!!

Mineiros e o preço da ganância

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Espero que você tenha acompanhado todo o trabalho para o resgate dos mineiros presos a 630m de profundidade no Chile. Trabalhadores de uma mineradora com dificuldades financeiras, eles estavam presos há mais de dois meses, recebendo apoio dos de fora, mas ao olhar para uma situação dessas, podemos nos questionar sobre o valor das coisas. Esses mineiros, como milhares de outros no mundo, são vítimas da ganância humana. Visando o lucro e esquecendo-se do que realmente importa, o homem se coloca em situações nas quais o preço é sua vida. A eterna busca pelo ter é o grande problema. Vazio de um significado que vá além dessa vida, o ser humano busca algo que o complete. Nessa busca, seus olhos se voltam para a riqueza, posses e bens que lhes confiram significado. Não é difícil de se entender o porque de tantas pessoas definirem outras por sua posição social. Na falta de parâmetros éticos, fundamentados na fé em um Deus superior e fonte do conceito de certo e errado, os gananciosos definem s

Ateíston e sua busca por uma sociedade livre da idéia de Deus - a saga continua

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Ateíston, Duvidosa, Davi e Sapiens estavam às voltas na cidade grande. Frustrado em seu plano de criar uma sociedade livre da idéia de Deus, Ateíston se culpava por ter visto que nem mesmo ele havia conseguido evitar mencionar tal idéia “mirabolante” de um ser superior e existente noutra categoria de existência. Em sua volta, ele bem que tentou, mas não conseguiu alugar um apartamento longe de uma igreja, pois ele ainda tinha esperanças de evitar que seus filhos desenvolvessem ainda mais o raciocínio iniciado na ilha. Mas não houve meios, o grito de Nietzsche quanto à morte de Deus não ecoara e a sociedade era mais religiosa e mística que nunca. Para piorar o desespero “atéico” de Ateíston, seus filhos só foram aceitos em uma escola particular, tradicionalmente protestante e sua esposa, Duvidosa, só conseguiu trabalho num hospital evangélico. O maior medo de Ateíston se tornou realidade, o teísmo tomou conta de sua família – de uma forma, ou de outra. Não demorou muito para que seus

Criação de monstros

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O assunto da semana não foi a abertura do capital da Petrobrás. Também não foi nenhum crime hediondo. Tão pouco mais algum escândalo envolvendo o governo Lula e a candidatura de Dilma Roussef. O assunto da semana foi: Neymar. Este jovem jogador de sucesso e muito talento é o centro de uma crise que vai muito além dos certames do “Peixe”. A crise envolve toda nossa sociedade e a velha receita de como se cria um monstro. Todo esse movimento entorno deste jovem revela a perda de nossos princípios, o que faz da diretoria do Santos é um belo exemplo de toda a nossa sociedade. Vimos um jovem envolvido em brigas, desrespeito aos adversários, aos mais velhos e aos seus superiores. Alguns defendem dizendo que não há nada de anormal em tudo isso. De fato, com sua pouca idade, ter desavenças, descontroles e dificuldade de se adequar é normal, o que não é normal e não agir diante disso. Enquanto seu técnico tentou ajudar e disciplinar Neymar, dando-lhe limites, a diretoria do Santos ma

O predestinado deve evangelizar?

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Um erro recorrente entre os que crêem na predestinação é o entendimento de que não há necessidade de evangelização. Os geralmente chamados de hipercalvinistas, acreditam que, pelo fato de Deus ter predestinados todas as coisas, não há necessidade de se evangelizar, pois os salvos irão, necessariamente, se converter. Esse é um erro que tem sua fonte na falta de entendimento do que foi predestinado e das próprias declarações bíblicas que apontam para a tarefa da evangelização por parte de todos os crentes. Antes de tratarmos da evangelização em si, devemos rever a doutrina da predestinação. Salmo 139, Efésios 1 e Romanos 8.26-39, são textos muito úteis e devem estar na mente do leitor para a compreensão da argumentação a seguir. Em primeiro lugar, temos de entender que Deus não predestinou apenas o destino final da pessoa, mas toda a sua vida. Pensar no plano do Criador como um princípio e o fim é ignorar nossa própria existência e presença no hoje, isso é, no meio. É óbvio que não estam

Queime o Corão! Ou não!

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A ameaça de queimar o Corão, por parte do pastor americano, Tery Jones, nos leva a um velho dilema da sociedade livre: devemos dar liberdade a quem não concede? De forma alguma apoio a atitude, mesmo que tenha ficado só na ameaça, mas não posso deixar de entender o que se passa no coração daquele povo. Estive lá em janeiro deste ano e é muito claro o significado de 11/09/2001. Todos falam de como as coisas mudaram. Como a segurança se tornou uma obsessão para todos. Polícia a cada quarteirão, de carro ou à pé; polícia disfarçada de mendigo, catadores de lixo, taxistas e tantas outras formas. Um enorme esforço em aeroportos e consulados, visando evitar a entrada de terroristas. Nós, brasileiros, nem imaginamos o que é viver com a lembrança de milhares de mortos chovendo do céu da maior cidade norte americana e ter outras centenas espalhadas pelo país. O trauma causado por extremistas islâmicos é algo vivo na mente dos norte americanos. Apesar disso, eles nunca reclamaram – pelo

MILAGRE!

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Sou cristão, protestante, presbiteriano, calvinista, tradicional até a tampa, portanto, creio em milagres. E Deus fez um milagre em minha vida e de minha esposa. Desde que nos casamos temos tentando um filho. Depois de um tempo sem sucesso e de muitas alterações no corpo de minha esposa, iniciamos uma maratona percorrendo consultórios médicos e laboratório de exames de todo tipo. Em quatro anos, minha esposa deve ter feito mais de 120 exames e todos apontavam para uma disfunção misteriosa que a impedia de ovular. Em sua última troca de médicas, ela conseguiu uma consulta com uma gineco especialista em reprodução humana que, ao olhar seus antigos exames e o mais recente que ela havia pedido, deu o veredito de queminha esposa não ovulava mais. Recebemos desta médica o encaminhamento para um hospital público de São Paulo que faz tratamentos para reprodução humana gratuitamente. Desapontada, minha esposa não quis saber muito e se concentrou mais em procurar um emprego. No meio desta ou

Ateíston, o ateu, e seu sonho de uma sociedade livre.

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Ateíston já estava cansado de sua vida em sociedade. Como um ateu convicto, convenceu sua esposa, Duvidosa, a mudarem-se para uma ilha deserta e fora da posse de qualquer país. Ali, estabelceu-se longe da ideia mais nociva que ele conhecia: Deus. Desejoso de que seus filhos não crescessem ouvindo toda aquela baboseira de religião, iniciou sua vida com sua esposa longe de toda a sociedade ainda tão atrasada e afetada pela noção de divindade. Passado algum tempo, sua esposa engravida. São gêmeos e isso deixa Ateíston muito alegre: - "Finalmente!" – pensou Ateíston – "Vou fundar uma sociedade baseada na razão e longe de todo aquele misticismo e ideias mirabolantes." Passados alguns anos, seus filhos já adolescentes, Ateíston os vê discutindo. Com tantos ensinamentos sobre evolução, Big Bang, física, química, matemática e filosofia existencialista, o assunto não poderia ser outro: qual o propósito de tudo isso. - Chega meninos! Pra que tanta discussão? – perguntou o cui