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Mostrando postagens de março, 2020

Um ídolo chamado conforto

“ 23 São ministros de Cristo? (Falo como fora de mim.) Eu ainda mais: em trabalhos, muito mais; muito mais em prisões; em açoites, sem medida; em perigos de morte, muitas vezes. 24 Cinco vezes recebi dos judeus uma quarentena de açoites menos um; 25 fui três vezes fustigado com varas; uma vez, apedrejado; em naufrágio, três vezes; uma noite e um dia passei na voragem do mar; 26 em jornadas, muitas vezes; em perigos de rios, em perigos de salteadores, em perigos entre patrícios, em perigos entre gentios, em perigos na cidade, em perigos no deserto, em perigos no mar, em perigos entre falsos irmãos; 27 em trabalhos e fadigas, em vigílias, muitas vezes; em fome e sede, em jejuns, muitas vezes; em frio e nudez.” (2Co 11.23-27) O texto de Paulo é impressionante. Em sua dedicação ao ministério da reconciliação ele passou por tantos sofrimentos, incluindo à lista sua própria morte nas mãos de César, que fica difícil para nós reclamarmos de qualquer coisa. Nesses tempos difíceis que

Covid-19 e a esperança de que tenhamos aprendido algo

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        Para mim é muito difícil dizer há quantos dias estamos de confinamento. Como adoeci com uma dengue um bom tempo antes disso tudo, uma coisa já foi emendando na outra e estou em casa há tanto tempo que nem sei. Apesar disso, creio que tenho podido observar e aprender muitas coisas no confinamento, com as notícias e sobre a Igreja. No confinamento, aprendi que o tédio vem da desocupação. Estar no mesmo lugar não me impede de fazer muitas coisas diferentes. Em minha casa, converso com minha esposa, brinco com meu filho, tenho trabalhado muito, leio, jogo vídeo game, converso com meus irmãos, família, arrumo coisas em casa e por ai vai. Percebo que ao longo da vida vamos nos restringindo nos afazeres e atividades e, em situações como essa, percebemos que nos dedicamos tanto em tão poucas coisas que, quando privados delas, já não sabemos o que fazer. Portanto, creio ser bom que tenhamos uma vida que desfruta das mais variadas atividades, desde as mais frugais, até as mais n

Recuar não é desconfiar

Estamos enfrentando uma situação de exceção devido ao Corona vírus. Não lembro na história recente momentos em que a igreja tenha suspendido trabalhos e evitado se reunir. Contudo, precisamos compreender que há momentos para recuar, por mais que confiemos no Senhor. O rei Davi, mesmo sabendo ser ele um ungido do Senhor para tornar-se rei em Israel recuou. Em 1Samuel 23.1-13 vemos esse momento de recuo por parte de Davi. Ainda perseguido por Saul e recusando-se a intentar contra o ungido do Senhor, Davi consulta a Deus sobre sua situação em Queilá. A resposta do Senhor é a de que os habitantes daquela terra estavam com Saul e entregariam Davi em suas mãos, caso permanecesse ali. Por maior que fosse a confiança de Davi nos planos de Deus, sabedor de como era o coração daquele povo, Davi recua e deixa a cidade. Creio que poucos de nós têm a nítida noção do futuro que Deus reserva para nós. A não ser a volta de Cristo, não sabemos os planos do Senhor sobre os particulares de nossas