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Mostrando postagens de junho, 2009

Um homem? Um ídolo?

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Michael Jackson morreu. Creio que, apesar de suas esquisitices, a maioria se entristeceu com esse fato. Pessoalmente, vejo as imagens das diversas tentativas minhas, na infância, de fazer o Moon Walker. Lembro-me do medo que sentia ao ver Thriller com todos aqueles vampiros. É interessante, diante disso, como uma pessoa, de tão longe, participa tanto de nossas vidas. Mas não só de boas influências viveu Michael. Seus problemas com sua aparência, suas dificuldades de relacionamento revelavam um ser humano comum. A idolatria por um homem parece distorcer uma simples morte e transformá-la na morte de um messias. Como diz o ditado, após a morte, todo mundo vira santo. Não estou tentando manchar a imagem deste grande artista, mas lembrar-nos de que se trata de mais um ser humano que se vai e, com ele, suas qualidades e defeitos. Mas falando de sua vida, vemos ali um campo muito fértil para a psiquiatria e psicologia. Um homem com imensos transtornos, neuroses, vazios, complexos, enfim, Mic

Brasília, além da corrupção.

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Já nos acostumamos a olhar para Brasília como um lugar de corrupção, mentiras e pizza. Como um bom brasiliense não gosto daquelas piadinhas que fazem referência a isso; sempre escuto aqueles que dizem: “Há! Você é de Brasília? Terra de ladrão”, e sempre respondo: “Não! Sou da terra para onde os ladrões vão, vindos de São Paulo, Minas, Rio, Maranhão e etc.” Mas eu tenho muito mais a dizer de Brasília do que essa simples defesa. Minha terra, apesar desta imagem horrível tem grandes atrativos para seus nativos. Falando em gastronomia, até mesmo aqueles que são de fora, como minha esposa, adoram a Dom Bosco. É uma pizzaria na 307 sul, que desafia as leis da física. Ela atende uma multidão de uma vez, todos dentro de um espaço mínimo e todos bem servidos com uma pizza de massa de pão, com molho de tomate especial e aquela mussarela com orégano. Não existem outras opções, mas você também não vai querer. É algo indescritível e desafiador. Conheço pessoas que comem nos melhores restaurante

Já se olhou no espelho?

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Todos acompanharam, sem muitas surpresas, o samba do crioulo doido que se instalou no Senado Federal. De fato, a instalação de tal não ocorreu nos últimos dias, mas somente agora o caldo derramou. Ainda que sem surpresas, tenho certeza que a revolta não diminui por isso, essa apenas deve ser somada às tantas outras que, como bons brasileiros, já guardamos em nossa coleção de escândalos patrocinados por nosso dinheirinho surrado e protagonizados por nosso governantes. Por outro lado, tem algo que me revolta muito mais: “o sujo falando do mal lavado.” Esse é o povo brasileiro; adora criticar e apontar o erro dos outros, mas não quer admitir seus próprios erros. Não querendo justificar as atitudes daquela quadrilha eleita para o senado e câmara, mas, o que nós, como povo, podemos falar? Estamos onde estamos por nossa culpa, não de nossos governantes. Somos um povo acomodado, individualista e corrupto. Todos adoram protestar contras as coisas erradas, mas quantos, de fato, fazem algo. Nos

Crenças - Steve Turner

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Creeds, by Steve Turner Nós acreditamos no marxfreuddarwinismo Nós acreditamos que tudo está bem contanto que você não machuque ninguém, segundo sua definição de machucar, e segundo seu conhecimento. Nós acreditamos no sexo antes, durante e após o casamento. Nós acreditamos na terapia do pecado. Nós acreditamos que adultério é engraçado. Nós acreditamos que a sodomia é OK. Nós acreditamos que tabus são tabus. Nós acreditamos que tudo está melhorando, a despeito de todas as evidências contrárias. A evidência deve ser investigada, e você pode provar qualquer coisa com a evidência. Nós acreditamos que há algo nos horóscopos, UFO’s e paranormalidade; Jesus foi um bom homem assim como Buda, Mohammed, e nós mesmos. Ele era um bom professor de moral embora pensemos que sua boa moralidade fosse ruim. Nós acreditamos que todas as religiões são basicamente a mesma – pelo menos aquela que nós lemos era. Todas elas acreditam no amor e na bondade. Elas apenas diferem nas questões de criação, pecad

"muitos, vendo os sinais que ele fazia, creram no seu nome; mas o próprio Jesus não se confiava a eles, porque os conhecia a todos."

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No evangelho de João 2.23-3.21 vemos a história de Nicodemus. Inicio sua história no capítulo 2, mesmo que seu nome só seja citado no capítulo 3, pois o que está neste capítulo é um exemplo específico do que se fala nos versos 23 a 25 do capítulo 2. Nesses três versos vemos João descrevendo um fato muito curioso. Ele descreve que pessoas viram os sinais de Cristo e creram nele, mas o Senhor não se “confiava” a eles. Mas por que? O texto diz que as pessoas creram em Jesus; o que estava errado? Repare que o texto nos diz que o Senhor não se confiava a eles e que conhecia a todos – que maravilhoso conhecimento! Mas esse é acompanhado de uma segunda nota que nos informa que Cristo conhece a natureza humana e não precisava que ninguém lhe testemunhasse sobre isso. De repente, é inserida a história do encontro de Nicodemus com Jesus. Agora, digo de repente pelo fato de que em nossas edições o texto é divido em capítulo, mas se o lermos como seria no original, não separaríamos o que está n

Alegria em foco

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Alegria, felicidade, prazer, satisfação; podemos definir todas essas palavras de uma forma diferente, mas todos buscam uma dessas coisas para provocar uma sensação boa em sua existência. Que sejam duradouras ou fugazes, essas sensações se tornaram o grande foco de nossa sociedade. Nossa cultura atual é a da satisfação, ou do prazer pessoal. Os chamados serviços personalizados nada mais são do que um prestador de serviços atendendo o desejo de um cliente que quer sentir que as coisas estão do modo como ele deseja. Isso significa que aquilo que é coletivo já não é mais suficiente, estamos tão centrados em nossos prazeres que não conseguimos nos satisfazer no comum ou no coletivo. A coisa está tão séria que a igreja tem se tornado mais uma prestadora de serviços para satisfação do “cliente”. Se você é surfista, há uma igreja para você. No caso de sua praia ser um rock pesado, claro, pode ir a um lugar onde os cultos permitem até aqueles mergulhos do palco para a galera. Temos cultos mais