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Mostrando postagens de 2012

Mensalão, Joaquim Barbosa e fé: podemos aprender algo

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    Estamos todos felizes com a condenação do núcleo político dos acusados no caso do “Mensalão”. Acostumados a ver tudo acabar em “pizza”, poucos acreditavam que esse processo poderia ter um desfecho desses.     Mais do que isso, pouco imaginávamos que algum juiz seria alvo da admiração e apoio tão forte da população. Joaquim Barbosa não só mostrou-se coerente, como também engajado na defesa de seu voto, de suas ideias, como também comprometido em exigir o mesmo de alguns companheiros de capa.     É muito bom esse momento, contudo, temos de olhar para ele com a preocupação de quem tem princípios e ideais atacados a todo o momento. Vimos ali um juiz defendendo nossas leis e aquilo em que ele acreditava, no entanto, muitos de nós, conhecedores da Palavra e engajados no Reino, não tem tido a mesma firmeza em defender e a mesma coerência em viver os princípios do evangelho.     Dia a dia, perdemos a noção de que fé e vida não se dividem. A cada ataque de nossa sociedade, a igreja

Uma necessidade de todo pastor

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Ontem, tivemos um encontro muito prazeroso no Seminário Teológico Presbiteriano Rev. José Manoel da Conceição – onde fiz meu bacharelado. Foi muito bom rever amigos e conhecer alguns alunos anteriores ao meu tempo e também foi muito agradável ouvir o irmão Rev. Antônio Coine. Ouvimos da experiência pastoral deste irmão com mais de 42 anos de ministério. Muito se aprendeu e posso dizer que pessoalmente muito me motivei com as palavras deste irmão. Algo, porém, calou mais fundo em meu coração. Quando falávamos sobre a vida devocional dos pastores, ouvindo atentamente ao irmão Coine, compreendi que, na solidão pastoral, a vida devocional do pastor é o momento em que ele pastoreia seu próprio coração, abrindo-se na presença de Deus. E nesses 10 anos de ministério, posso dizer que essa é uma das lições mais preciosas que aprendi ao longo da caminhada pastoral. Um pastor que não se debruça sobre a Bíblia sem aquele ar profissional de se tirar dali um sermão, desaprende a admi

Aborto, STF e anecéfalos

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    Nesta semana, vimos o STF aprovar o aborto para casos comprovados de anencefalia. Mas, o que é a anencefalia? Por que isso é tão importante, ao ponto de se descriminalizar o aborto desses fetos? É legítimo ao cristão fazer uso deste direito? Façamos uma avaliação.     A anencefalia é a ausência de cérebro e o topo da caixa craniana no feto. Por não haver cérebro, é impossível que uma criança nessas condições sobreviva ao nascer. Isso é fato, pois, sem cérebro, não há controle sobre os batimentos cardíacos, respiração e uma série de outras atividades vitais que, mesmo que não percebamos, são controladas pelo cérebro. O uso de ácido fólico é indicado assim que a gravidez é constada, nas primeiras semanas, para evitar este tipo de má formação.     Essa é uma discussão importante, pois, estamos falando do direito de se interromper a formação de uma vida e da confiança que um exame pré-natal tem. A questão é justamente esta, pois, quando se constata a anencefalia, estamos dando crédito

"Eu Sou"

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Uma frase tem ocupado muito minha mente: “Ainda que o Senhor não nos tivesse dado promessas, e não nos tivesse abençoado tanto, e não nos tivesse justificado em Cristo, ainda assim ele continuaria a ser digno de toda honra, glória e louvor e completa dedicação de cada ser humano. Servi-lo tem a ver com seu ser, antes de tudo. Suas obras só acrescentam mais motivos para que o sirvamos.” A frase é minha mesmo e me ocupou tanto pelo fato de enfatizar o ser de Deus acima de qualquer coisa. Estamos tão acostumados com o louvor motivados pelas obras e promessas eternas de Deus, que penso que esquecemos que se Deus não tivesse dado, feito ou prometido qualquer outra coisa, seu grandioso ser e o simples fato de que por isso ele é o Criador, já deveria ser motivo suficiente para o servirmos. Gosto de me lembrar da conversa entre o Senhor e Moisés. Este, com a incumbência de falar com o Faraó para que libertasse Israel, pergunta a Deus qual era seu nome. A resposta do Senhor não poderia ser mais