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Mostrando postagens de abril, 2010

Oração, um exercício em conjunto

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João 14.11-14 : Crede-me que estou no Pai, e o Pai, em mim; crede ao menos por causa das mesmas obras. Em verdade, em verdade vos digo que aquele que crê em mim fará também as obras que eu faço e outras maiores fará, porque eu vou para junto do Pai. E tudo quanto pedirdes em meu nome, isso farei, a fim de que o Pai seja glorificado no Filho. Se me pedirdes alguma coisa em meu nome, eu o farei. 16.23 : Naquele dia, nada me perguntareis. Em verdade, em verdade vos digo: se pedirdes alguma coisa ao Pai, ele vo-la concederá em meu nome. Em seus últimos dias, Jesus deu instruções importantes para seus discípulos. Dentre os vários assuntos abordados pelo Senhor a oração foi não só interessante, mas muito revelador. Nosso Redentor trouxe algo novo e muito significativo para o exercício de oração: pedir em seu nome. No AT não vemos qualquer tipo de pedido feito a Deus em nome de alguém que não o próprio Pai. Nenhum homem era digno de ser colocado como meio de se alcançar algo diante do Cria

Oração, um exercício da verdade

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Continuando a falar sobre a oração, temos o ensino prático do próprio Jesus. Na sequência do texto de Mateus 6, vemos o “Pai Nosso”. Obviamente, como Cristo já havia ensinado a não usarmos de vãs repetições, temos de olhar para essa oração como um modelo. Não são suas palavras que devem ser guardadas, mas seu significado, seus temas. Por outro lado, isso não significa que não possamos, com sinceridade, orar esse modelo vez ou outra, com tanto que isso não signifique uma confiança no jogo de palavras, mas na realidade de nosso relacionamento com o Pai, por meio da oração. Há algum tempo, ouvi uma abordagem dessa oração, que muito me agradou. O Rev. George Canêlhas, abordou o Pai Nosso com um ensino sobre as prioridades. Obviamente, essa não é a única forma de abordar os temas presentes no “Pai Nosso”, só a escolhi por ter sido algo diferente do que eu já vira anteriormente. Espero conseguir expor o que meu caro amigo fez, sem piorar seu sermão - hehe. A primeira prioridade que vemo

Oração, um exercício diante de Deus

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Como um calvinista tenho grande interesse na oração. Ao contrário do que muitos podem pensar, Calvino não foi um aficionado pela predestinação. Na verdade, ele escreveu muito mais sobre a oração do que a predestinação em sua obra magna, As Institutas. Assim como ele, valorizo esse meio de exercitar a fé, que o Senhor nos deu. Minha compreensão, no entanto, desta matéria obviamente leva em consideração a predestinação, bem como uma série de outras doutrinas. Contudo, não é meu objetivo fazer ou ficar evidenciando esta ligação com cada uma das doutrinas que levo em consideração, na hora de pensar em oração. Meu ponto aqui é vermos o ensino bíblico sobre a oração. Para iniciarmos, poderíamos tomar o ensino do Senhor no sermão do monte. Outro caminho seria partir do AT, mas penso que com a vinda de Cristo alguns aspectos mudaram, ou foram revelados, de modo que, prefiro partir do ensino de nosso redentor. Em Mateus 6 vemos a parte do sermão do monte, na qual Cristo aborda a questão da or

Minha avó, minha terra

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Minha avó está completando 89 anos hoje e minha terra 50. Acho essa coincidência de datas bem interessante, pois são dois lugares nos quais me sinto muito bem: colinho da vovó e Brasília. Minha vozinha é a melhor. Adora falar e contar suas histórias dos tempos em que meu avô serviu o exército em Brasília, isso pelos anos 70. Ela conta histórias muito interessantes, de um tempo em que as coisas ainda eram bem devagar e que a juventude se transviava – só para passar o tempo. Meu pai deve ter destruído uns 3 ou 4 carros do vovô. Uma vez fomos dar uma volta no setor militar e ele nos foi contando uma dessas vezes em que ele capotou o carro e deixou o meio-fio destruído. Quando ele apontou o lugar em que ele bateu no meio-fio, lá estava ele do jeitinho que ele deixou – mas pintadinho – 20 anos depois. Brasília tem dessas coisas inesperadas, histórias lendárias. Tem as famosas fugas da polícia, de Nelson Piquet. Dizem que quando a polícia o abordava e pedia para que ele fosse para a delegaci

Melhoria

Queridos leitores. Dei uma melhorada no texto sobre Marcelo Gleiser, inclusive com a correção de seu nome - muito indelicado de minha parte não escrever seu nome corretamente. Espero que esta nova versão, revista e atualizada, valha a pena ser lida. Abraço.

"Alegrei-me quando me disseram: vamos à casa do Senhor" (Sl 122.1)

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O salmista Davi nos fala sobre a importância da presença de Deus. Devemos lembrar que a casa do SENHOR, o tabernáculo nos tempos de Davi, era o lugar de habitação de Deus. Era para lá que o povo se dirigia para estar na presença de Deus e ver sua ação graciosa e misericordiosa através da pregação da Palavra e da entrega das ofertas para remissão dos pecados. É claro que como Deus onipotente, o SENHOR está em todo lugar. Contudo, para o convívio do povo da aliança, Deus reservava aquele lugar como sua habitação e único meio de se ofertar e cultuá-lo. As pessoas tinham de se dirigir para lá, a fim de entregarem suas ofertas ao sumo sacerdote que, por sua vez, as levava ao santo dos santos, onde eram ofertadas a Deus. Hoje, não temos essa mesma noção de “casa de Deus”, mas ainda temos a bênção da habitação do Senhor em nosso meio. Diferentemente do que muitos pensam, os templos erguidos como lugares de culto não são santos. Ainda que argumentemos que são no sentido de separados a Deus,

Celebrando a imperfeição - uma crítica à visão pós-modernista de Marcelo Gleiser

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Dia desses assisti uma entrevista com Marcelo Gleiser, físico brasileiro. Nessa oportunidade, ele falou sobre sua mudança de visão sobre a natureza. Segundo ele, é um erro buscar uma teoria que explique de modo único o universo e todas as leis da natureza. Em sua visão, as imperfeições presentes na natureza mostram a impossibilidade de que se pense em tal teoria. Para Gleiser, a natureza evolui justamente a partir das imperfeições. Na impossibilidade de se pensar numa verdade absoluta que explique todo o universo, nosso amigo entende que deveríamos desistir desta busca e ver na falta de absolutos a origem de nossa própria existência. De fato, devido à própria incapacidade da ciência de ter uma visão holística do universo, deveríamos assumir cada imperfeição do universo como uma verdade em si mesma e determinante para que, a falta de simetria resultante das imperfeições, nos leve ao presente resultado. Desta forma, a falta de simetria é a beleza da imperfeição, sendo, por isso, celebrad

A Paz que excede todo o etendimento

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“Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo” (Romanos 5.1) Hoje celebramos a ressurreição de Cristo. Longe de querermos definir com precisão as datas, estamos aqui para lembrar. De fato, o fazemos todos os meses em minha igreja, quando ceiamos juntos. Contudo, nesse período estamos em meio à propaganda e todas as festividades de Páscoa, o que aumenta o ensejo de falarmos sobre o assunto. Não quero perder meu tempo falando que o coelhinho da páscoa não é a personagem central. Quero falar logo de Cristo, o Cordeiro pascal, e de sua obra. Nosso Redentor fez algo que ninguém teria a possibilidade de fazer em nossa relação com Deus: trouxe paz! Antes, vivíamos em acintosa revolta contra Deus. Nossos pecados realmente faziam separação entre nós e Deus. Desde Adão, o homem não pode mais se achegar a Deus sem que alguém o cubra. Seus filhos tiveram de apresentar ofertas diante de Deus, tendo, até, de derramar sangue, ou seja, sem o qual n

As 7 Palavras da Cruz

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Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem. (Lucas 23.34) Pendurado na cruz, diante de todo o seu sofrimento, vemos nosso Senhor prosseguindo em sua missão. Ali estava ele para entregar sua vida, a fim de alcançar o perdão de Deus no lugar do pecador, impossibilitado de fazê-lo por si só. Mesmo sofrendo, nosso Salvador mostra que aquela cruz de sacrifício era só para ele e, para o pecador, verdadeiro merecedor da cruz, o perdão. A ignorância sobre quem estava na cruz, vertendo seu sangue, só fez aumentar o sentimento de misericórdia de Cristo. Tão cegos em seu pecado, não conseguiam ver a infinitude da profundidade de toda a obra de Cristo. Diante deles apenas viam um condenado, mas neste condenado estava a única possibilidade de se livrar da ira de Deus. “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem” é o brado daquele que encarnou para morrer; e que morreu, para alcançar o perdão. Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso. (Lucas 23.43) Um ladrão, merecidamen

Três coisas me foram tomadas!

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Há muito tempo um homem tomou algo que era meu. Não, eu não quis tomar qualquer atitude contrária a tal ação, ainda que ela me causasse revolta. Não posso admitir que um inocente seja prejudicado por causa de um “desgraçado”, egocêntrico, mas o que eu poderia ter feito? Ele era mais poderoso do que eu! Na verdade, ele me tomou três coisas pesadas. Uma era preciosa, me restaurava a alma e muito me alegrava o coração. Era importante, pois me dava sabedoria. Contudo, seu peso, devido ao seu grande valor, me impossibilitou de correr sozinho, para não ter de entregar a este homem, mas ele a tomou de mim. Tenho de reconhecer, ele usou melhor do que eu faria. A segunda coisa pesada era de madeira. Entalhada especialmente para alguém como eu, tal homem não quis nem saber, tomou! Até que ele conseguiu usar tal obra de marceneiro, inda que tivesse sido feita sob medida para mim. Ele mostrou-se forte para levá-la até seu objetivo final e, tenho de admitir, eu mesmo não teria forças para tanto, tã