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Mostrando postagens de outubro, 2011

As Inversões nossas de todo dia

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Ahhhh, a inversões diárias de nosso tempo. Eu ia postar mais um texto sobre piedade, mas a cena que presenciei ontem na novela das 21h – com padrão Globo de qualidade – me motivou a falar um pouco sobre essas inversões. A cena era o apoio que um dos protagonistas da história dava à saída de sua filha de casa, após uma briga com a mãe. Na cena de gratidão, numa pousada que serviria de novo lar para a filha, esta abraça o pai e diz: - Brigada, pai. Você é mais que um pai, é um amigo. Achei tão absurdo que perguntei à minha esposa se foi isso mesmo que ouvi. Logo me veio a mente essas inversões diárias, quando o que é principal é passado para trás pelo que é secundário. Nesse caso, o pai se torna menos que um amigo. O amigo passa ser aquele que demonstra amor, carinho, cuidado e compreensão. Pai é o cara que trabalha, para ganhar dinheiro, pergunta aonde você vai ao sair e dá uns pegas quando você sai da linha. Talvez esses que praticam tal inversão ganhem argumentos para tanto com a c

Piedade

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    “Piedade, meu Deus, tende piedade de nós!” Quantas vezes não ouvimos esse clamor? No entanto, seu sentido nos desvia da definição bíblica de piedade. Enquanto o clamor iguala piedade a misericórdia, ou pena, as Escrituras tomam piedade em outro sentido. É importante que percebamos isso, para que nosso entendimento dos textos que utilizam este termo não seja comprometido e para que compreendamos como devemos ser piedosos.     Em 1 Timóteo 4.7-11 vemos diversos aspectos da piedade. Paulo instruiu Timóteo a exercitar-se na piedade e, depois disto, aborda como fazê-lo. Vemos ali o exercício da piedade como sendo o exercício da palavra, do procedimento, do amor, da fé e da pureza. Isso significa que a piedade é algo muito mais abrangente do que o ato de sentir pena. Resumindo o que aqui vemos, o que é apoiado por outras referências bíblicas, piedade é o conduzir-se segundo nossa fé.     Desta forma, agir com piedade exige de nós muito mais do que comumente pensamos. Se queremos se

Barganhando com Deus

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Dia desses, conversando com uma ovelha de minha igreja, ouvi dela seu testemunho sobre uma benção recebida. Claro que sempre é ouvir das coisas que Deus tem feito por seus filhos, contudo, no meio do “bé, bé, bé”, ela me solta a frase: “Ai, eu já tinha deixado de trabalhar aos domingos fazia três meses e eu dizia: - ‘Senhor! Cadê minha benção?” Com a honestidade de quem não sabe o que diz, essa irmã revelou o sentimento que está na maioria de nós quanto ao nosso relacionamento com Deus: se eu fiz, tenho de receber algo em troca – a famosa barganha. De forma ingênua, nossa irmãzinha demonstrou uma compreensão do evangelho que é bem presente no evangelicalismo brasileiro. O impressionante é que tenho falado sempre sobre esse tipo de comportamento, mas parece que não entra na cabeça. As pessoas continuam olhando para sua obediência a Deus como uma forma de se alcançar méritos e benefícios junto ao Pai. Longe disto, a Palavra de Deus nos ensina que escolher o caminho da obediên