Ateíston, o ateu, e sua tentativa de um carnaval tranquilo
Ateíston estava às voltas com seus pensamentos, pensando em voltar para sua ilha livre da ideia de Deus – nem tanto – e tentar novamente. Passar o Natal e ano novo trabalhando numa universidade protestante foi um tratamento de choque. Ver seus filhos perguntando sobre religião e sua esposa, Duvidosa, em dúvida sobre as teorias “atéicas”, que sempre formaram a base de sua relação, lhe conduziram ao desespero. Ainda ter de comprar presentes para os amigos-ocultos de toda a família estava lhe causando uma profunda crise ideológica.
- Finalmente! – pensou nosso ateu – chegou o carnaval e teremos uma festa pagã. Levarei meus filhos para conhecerem os prazeres da vida e mostrar que só os que tem mentes livres da ideia de Deus podem aproveitar todas essas coisas.
Ateíston conta sua ideia à Duvidosa que logo o recrimina:
- Você está louco?! Estas festas são para adultos! Não vou deixar que leve meus filhos num ambiente pesado, só para fazê-los desistir da ideia de Deus?
- Mas, meu bem, eu também quero aproveitar o carnaval! Não temos com quem deixar as crianças; todos que conhecemos viajarão! – Contrariou o contrariado Ateíston.
- Não interessa, temos de pensar em alguma coisa.
- Então, se vira. Por mim, nós os levamos aos bailes conosco. Se você não quer, faça alguma coisa. – lavou as mãos o pilático ateu.
Duvidosa, então, se viu na difícil tarefa de arrumar algo para seus filhos fazerem, a fim de ficar livre para festejar o carnaval com seu esposo.
Frustrado em seu plano, pelo menos, Ateíston estava tranquilo que poderia passar alguns dias se divertindo e na certeza que seus filhos estariam longe dos ensinos e influências religiosas de sua escola e, sua esposa, estaria de folga daquele hospital evangélico, cheio de religiosidade. Ateíston começou a planejar o carnaval à dois e já estava de ânimo mais exaltado pelos dias de muita diversão.
Duvidosa por sua vez, estava correndo com as coisas no hospital, cobrindo suas colegas de trabalho, a fim de ter o carnaval livre. Já estava meio preocupada com o que faria de seus filhos, quando foi acudida por uma colega de trabalho. Ela apresentou um panfleto de um pacote de carnaval para jovens e adolescentes, num sítio próximo. Chegando em casa, ela pediu a Ateíston que lhe desse dinheiro, para acertar a viagem de seus filhos:
- Ótimo! – exclamou Ateíston – Então, você já ajeitou as coisas para nossos filhos?
- Sim. Está tudo certo. Já reservei a vaga deles; só preciso pagar.
- Maravilha! Tome aqui e acerte logo que é para não ter jeito deles perderem a vaga.
Alegre, com tudo certo para o carnaval, Ateíston vê seu tão sonhado feriado chegar.
Já nas festividades, no alvoroço do camarote VIP do sambódromo, o até então desatento pai pergunta:
- Meu bem, nem lhe perguntei: para onde mandamos nossos filhos?
- É verdade! E nem lhe falei.
- Pois, então, para onde os mandamos?
- Para um retiro da igreja de uma amiga. Ela me disse que o lugar é ótimo, com piscina, tirolesa, cavalos, quadras e tudo mais para eles se divertirem.
- NÃÃÃÃÃÃOOOOOOoooooo! – Grita, Ateíston, tão alto ao ponto de fazer a bateria perder o ritmo no desfile.
- Finalmente! – pensou nosso ateu – chegou o carnaval e teremos uma festa pagã. Levarei meus filhos para conhecerem os prazeres da vida e mostrar que só os que tem mentes livres da ideia de Deus podem aproveitar todas essas coisas.
Ateíston conta sua ideia à Duvidosa que logo o recrimina:
- Você está louco?! Estas festas são para adultos! Não vou deixar que leve meus filhos num ambiente pesado, só para fazê-los desistir da ideia de Deus?
- Mas, meu bem, eu também quero aproveitar o carnaval! Não temos com quem deixar as crianças; todos que conhecemos viajarão! – Contrariou o contrariado Ateíston.
- Não interessa, temos de pensar em alguma coisa.
- Então, se vira. Por mim, nós os levamos aos bailes conosco. Se você não quer, faça alguma coisa. – lavou as mãos o pilático ateu.
Duvidosa, então, se viu na difícil tarefa de arrumar algo para seus filhos fazerem, a fim de ficar livre para festejar o carnaval com seu esposo.
Frustrado em seu plano, pelo menos, Ateíston estava tranquilo que poderia passar alguns dias se divertindo e na certeza que seus filhos estariam longe dos ensinos e influências religiosas de sua escola e, sua esposa, estaria de folga daquele hospital evangélico, cheio de religiosidade. Ateíston começou a planejar o carnaval à dois e já estava de ânimo mais exaltado pelos dias de muita diversão.
Duvidosa por sua vez, estava correndo com as coisas no hospital, cobrindo suas colegas de trabalho, a fim de ter o carnaval livre. Já estava meio preocupada com o que faria de seus filhos, quando foi acudida por uma colega de trabalho. Ela apresentou um panfleto de um pacote de carnaval para jovens e adolescentes, num sítio próximo. Chegando em casa, ela pediu a Ateíston que lhe desse dinheiro, para acertar a viagem de seus filhos:
- Ótimo! – exclamou Ateíston – Então, você já ajeitou as coisas para nossos filhos?
- Sim. Está tudo certo. Já reservei a vaga deles; só preciso pagar.
- Maravilha! Tome aqui e acerte logo que é para não ter jeito deles perderem a vaga.
Alegre, com tudo certo para o carnaval, Ateíston vê seu tão sonhado feriado chegar.
Já nas festividades, no alvoroço do camarote VIP do sambódromo, o até então desatento pai pergunta:
- Meu bem, nem lhe perguntei: para onde mandamos nossos filhos?
- É verdade! E nem lhe falei.
- Pois, então, para onde os mandamos?
- Para um retiro da igreja de uma amiga. Ela me disse que o lugar é ótimo, com piscina, tirolesa, cavalos, quadras e tudo mais para eles se divertirem.
- NÃÃÃÃÃÃOOOOOOoooooo! – Grita, Ateíston, tão alto ao ponto de fazer a bateria perder o ritmo no desfile.
kkkkkkkkkkkkkk
ResponderExcluirJá estava com saudades do Ateíston...
Desse jeito o cabra vai acabar convertendo.. rs.
Grande abraço
É vero, mas o futuro a Deus pertence - até mesmo em nossos textos...rsrs.
ResponderExcluirAbraço!