Dia desses, ouvindo o pregador americano, Mark Dever, tive minha
atenção chamada para três perigos que a Igreja corre. Obviamente não são apenas
esses três, no entanto, eles são dos mais evidentes, tendo em vista os modismos
“cristãos” presentes em diversas igrejas. Segundo Dever, existe o perigo da
igreja sem santidade, sem sofrimento e sem amor.
A igreja sem santidade é alimentada pela supervalorização da
privacidade. Hoje em dia, os membros das igrejas trazem da sociedade o
pensamento de que ninguém tem nada com sua vida. Ainda que a Escritura não nos
autorize à intromissão ela nos fala de mutualidades que apontam que a
privacidade não significa direito a fazer o que se quer sem ser questionado. Expressões
como: “exortai-vos” (Hb 3.13); aconselhai-vos e suportai-vos (Cl 3.16); orai
uns pelos outros (Tg 5.16), nos mostram que a figura do corpo, utilizada por
Paulo, não era apenas um exemplo, mas um modelo de nosso convívio, que nos
mostra o quanto nossas vidas interessam uns aos outros. Essa ênfase na
privacidade tem gerado crentes descompromissados, que vivem sua fé de um modo
muito próprio, ou mesmo “privado”. Via de regra, nesse comportamento, é a
santidade que perde espaço e o ceder às paixões pecaminosas torna-se regra – “e
que ninguém se meta em minha vida!”
Quanto ao sofrimento é claro que ninguém gosta de sentir dor.
Contudo, o evangelho de Cristo, além de uma promessa de redenção, é uma certeza
de sofrimento. Numa realidade caída, não podemos pensar que nossa caminhada em
busca da santidade e da adequação à imagem de Jesus seria tranquila. Lembremos
que essa foi uma certeza que o Senhor deu aos discípulos, antes de sua partida
(Jo 16.33). É por esquecer esse aspecto do evangelho que igrejas têm
transformado curas, milagres e prosperidade em seu foco e perdendo a visão do
que é central e verdadeiro. Nosso Redentor nos lembra que perseguiram a ele e o
mesmo aconteceria com quem o seguisse (Jo 15.20); Hebreus nos mostra que ele só
assentou-se à direita de Deus, depois de ter sofrido (Hb 1.3) – “sem cruz, sem
coroa”.
O último perigo mencionado por Dever é a igreja sem amor. Com o
individualismo em alta, não só a santidade torna-se algo pessoal, mas também o
amor torna-se uma opção. Pessoas são membros de igreja, no entanto, evitam ao
máximo um contato mais íntimo com os irmãos. Muitos dizem que não é falta de
amor, mas que só querem evitar problemas. De minha parte, nunca vi ninguém amar
e evitar ao máximo o contato. A Escritura nos motiva ao contato. Como já vimos,
temos diversas obrigações mútuas, próprias de um conjunto que tem o caráter de
um corpo. Além disso, João nos lembra em sua 1ª epístola que aquele que não ama
a seu irmão está nas trevas (1Jo 2.9-11). Igreja sem amor é igreja sem Deus,
pois ele é amor (1Jo 4.8).
A vida, por si só, oferece muitos perigos, mas a igreja precisa
estar atenta, para não cair nesses perigos. Eles não são do tipo que afetam
nossa segurança, mas do tipo que descaracterizam nossa identidade como Igreja
de Cristo. Cuidado!
Estou alegre por encontrar blogs como o seu, estive a ver e ler algumas coisas,
ResponderExcluirreparei que aqui há uma pessoa artista,e como aprecio pessoas com arte
fiquei mais um pouco para ver melhor.
Posso dizer que gostei do que li e vi desde já quero dar-lhe os parabéns,
decerto que virei aqui mais vezes.
Sou António Batalha.
Que lhe deseja muitas felicidade e saúde em toda a sua casa.
PS.Se desejar visite O Peregrino E Servo, e se o desejar
siga, mas só se gostar, eu vou retribuir seguindo também o seu.
A paz de Cristo, veja meu Blog: willian bugiga e o site: www.convertidos.com.br
ResponderExcluirA paz.
Verdade Pastor...
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